Há duas formas para viver a vida: uma é acreditar que não existe milagre... a outra é acreditar que todas as coisas são um milagre!

Albert Einstein.


sábado, 18 de fevereiro de 2012

capinhas de caderno



Lindo demais, assista!!!!!!!!!!!!!!!!!!

A indisciplina na escola e o papel do supervisor escolar


A INDISCIPLINA NA ESCOLA E O PAPEL DO SUPERVISOR ESCOLAR

RESUMO


A indisciplina escolar tem sido motivo de queixas por parte dos professores, principalmente daqueles que atuam na educação básica. Por exercer, entre outras, a função de subsidiar os professores no seu fazer pedagógico o supervisor encontra-se muitas vezes sem respostas a tais queixas e questionamentos frente às expressões de indisciplina dos alunos relatadas por professores. Este artigo objetiva propor uma reflexão sobre o trabalho da supervisão escolar frente às questões de indisciplina na escola.No atual contexto da educação brasileira, cresce a importância do supervisor educacional, que representa uma das pessoas que procura direcionar o trabalho pedagógico na escola em que atua para que se efetive a qualidade em todo o processo educacional. Sabe-se que o Supervisor Escolar é um servidor especializado em manter a motivação do corpo docente, deve ser um idealista, definindo claramente que caminhos tomar, que papéis se propõe a desempenhar, buscando constantemente ser transformador, trabalhando em parceria, integrando a escola e a comunidade na qual se insere. É nessa moldura que o presente artigo caracteriza a função do supervisor no contexto social, político e econômico da Educação.
Palavras-chaves: indisciplina escolar, supervisão escolar, práticas pedagógicas.
INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo apresentar algumas reflexões sobre o papel do pedagogo que atua na supervisão escolar frente às questões relacionadas à indisciplina escolar.
Um dos assuntos mais polêmicos da atualidade e que vem sendo amplamente discutido é a educação, no seu sentido de formação humana. Educar é uma tarefa que exige comprometimento, perseverança, autenticidade e continuidade. As mudanças não se propagam em um tempo imediato, por isso, as transformações são decorrentes de ações. No entanto, as ações isoladas não surgem efeito.
Constatamos, através de nossa prática, a existência de inquietações atreladas a um interesse, por parte dos profissionais que atuam na educação básica, dentre eles o supervisor escolar, acerca da indisciplina escolar, haja vista que a mesma tem sido motivo de inúmeras queixas reveladas por professores que fazem parte do cotidiano profissional dos supervisores escolares.
Nesse sentido, inicialmente apresentamos algumas reflexões sobre a supervisão escolar no cenário educacional que se apresenta, bem como a atuação do supervisor. Em seguida, discutimos aspectos relacionados à indisciplina escolar propriamente dita. Para finalizar, analisamos a atuação do supervisor frente às questões relacionadas à indisciplina escolar.
DESENVOLVIMENTO
As mudanças pelas quais o mundo passa na atualidade, frente a realidades desafiadoras e complexas como a questão de responder aos desafios de uma sociedade globalizada, centrada na informação e nas tecnologias, requer da escola o repensar de suas ações de maneira que as práticas pedagógicas estejam em contínua e permanente reconstrução.
O supervisor escolar e os demais participantes desse processo pedagógico precisam esforçar-se para acompanhar as novas características dessa sociedade que se apresenta de forma complexa, dinâmica e desafiadora.
Tratando especificamente do trabalho do supervisor escolar, constatamos que neste início de século o foco do trabalho desse profissional da educação vem se modificando por conta desse cenário.
Nesse sentido e ao contrário do que acontecia no passado, fica afastado qualquer indício de que o trabalho do supervisor deva estar centrado no controle puro e simples do trabalho do professor.
Medina (2004, p. 32) ressalta essa questão ao afirmar que
[...] é o trabalho do professor [...] que dá sentido ao trabalho do supervisor no interior da escola. O trabalho do professor abre o espaço e indica o objeto da ação/reflexão, ou de reflexão/ação para o desenvolvimento da ação supervisora.

Dessa forma, podemos constatar que a ação do supervisor escolar está longe de uma função mecanizada e baseada em uma rotina burocrática, como acontecia há décadas atrás, uma vez que, na atualidade, torna-se necessário e espera-se que o mesmo desenvolva ações baseadas na reflexão sobre o processo pedagógico, onde o professor torna-se o principal instrumento dessa reflexão, e não mais um agente a ser controlado no interior das escolas.
Assim, passamos a elencar alguns pontos que consideramos de relevância e que estão relacionados a esse novo perfil esperado e relacionado ao trabalho do supervisor escolar.
Conviver com a diversidade é um dos desafios pelo qual passa a escola moderna e, ao supervisor escolar, cabe trabalhar essa realidade com os professores no sentido de explicitar as contradições e os conflitos conseqüentes dessa diversidade.
A leitura que se deve ter da escola hoje, é de uma escola singular, porém inserida numa pluralidade e, ao supervisor, compete fazer com que o professor reflita sobre esse fato e aja de maneira tal, que suas ações locais se reflitam globalmente.
Também é importante ressaltar que o supervisor escolar deva se colocar na função de problematizador frente ao ofício do professor a fim de fazer com que este reflita constantemente sobre sua ação na e para a educação.
Ainda cabe ao supervisor escolar ter clareza e levar os professores a refletirem sobre o fato de que o conhecimento é um dado relativo, ou seja, que os procedimentos utilizados pelos professores não devem mais se apresentar de forma linearizadas, uma vez que a produção deles se dá em um movimento de ensinar e aprender.
Além disso, também é necessário que o supervisor tenha uma atitude clara diante do processo ensino-aprendizagem, diante da função social da escola e de todos os outros aspectos que envolvem o fazer na e pela educação.
E ainda, é na proposta pedagógica da escola que o supervisor deve ver uma possibilidade de reconstrução da mesma, propondo momentos de reflexão, confrontando a ação, principalmente dos docentes, com o que se apresenta na proposta e desta com a realidade social da escola.
Há que se trabalhar “visando não mais um tipo ideal de homem, mas trabalhar tendo em vista o sentido da vida humana”. (Medina, 2004 p.27)
Diante de suas forma suas formas de expressão, causas e implicações a indisciplina escolar desafia os profissionais da educação a refletir, propor e repensar as estratégias de ação pedagógica.
Sabemos que a indisciplina não pode ser considerada com um fenômeno estático e suas expressões na escola têm se mostrado numa complexidade crescente nas últimas décadas. (Garcia, 1999)
Constatamos através de nossa prática profissional em escolas de educação básica que a preocupação por parte do professor com a indisciplina escolar vem aumentando cada vez mais. Compõe a fala desses professores a queixa de que a indisciplina é responsável pelo estresse entre eles e pelo insucesso muitas vezes constatado no processo de ensino-aprendizagem.
Tais fatos nos levam a refletir sobre a indisciplina escolar inserida numa perspectiva de gestão pedagógica.
Devido às configurações adquiridas pelas expressões de indisciplina na escola exige-se dos profissionais da educação um repensar sobre o conceito de indisciplina, que não mais pode ser considerado como “problema de comportamento”, uma vez que, de acordo com Garcia (1999) esse conceito deve ser superado e outras dimensões devem ser consideradas. É importante considerar:
[...] a indisciplina no contexto das condutas dos alunos, dentro ou fora da sala de aula, nas diversas atividades pedagógicas, a dimensão dos processos de socialização e relacionamentos que os alunos exercem na escola e também considerar a indisciplina contextualizada o desenvolvimento cognitivo desses alunos. (Garcia, 1999 p. 102).

Segundo o autor trabalhar a indisciplina a partir de mecanismos de controle comportamental se trata de uma visão já superada do fenômeno. A visão que se tem atualmente é da indisciplina enquanto fenômeno de aprendizagem.
Desta forma, aquele aluno considerado indisciplinado não o é somente por haver rompido com regras da escola, mas porque não está desenvolvendo suas possibilidades cognitivas, atitudinais e morais.  Desta forma Garcia, 2002,p. 17 afirma que:

[...] a indisciplina escolar não pode ser vista como existindo em si mesma, como uma qualidade inerente ao próprio comportamento, mas tem antes que ser analisada e compreendida no contexto da relação pedagógica em que a situação emerge e é categorizada enquanto tal. É no contexto da relação pedagógica que o professor categoriza alguém ou algum ato como sendo indisciplinado e, sendo assim, ao mesmo tempo que emerge a relatividade deste conceito, é todo o contexto pedagógico que aparece implicado na situação e não apenas o sujeito que praticou um dado ato.

Portanto, a indisciplina nos dias atuais deve ser vista como um “fenômeno interativo que ocorre no contexto de sala de aula”. (Amado, 2001 p.17).
Dessa forma, a indisciplina escolar está intimamente ligada a tudo que diz respeito ao ensino, aos objetivos, às práticas e perspectivas que a orientam, além dos condicionantes próprios da aula, da escola, da comunidade e do sistema.
Como vimos anteriormente o papel do supervisor escolar vem tomando novos rumos, pressionado pelo contexto da sociedade que exige uma educação voltada para o sentido da vida humana.
Vimos também que a indisciplina escolar deve ser encarada como fenômeno de aprendizagem, ou seja, além daquilo que ocorre no contexto da sala de aula todos os seus intervenientes devem ser considerados.
Entendemos que por ser o profissional de educação que estabelece um contato mais direto com o trabalho docente, cabe ao supervisor escolar fomentar discussões sobre o processo ensino-aprendizagem e a indisciplina escolar.
Dessa forma, cabe ao supervisor escolar analisar, em ação conjunta com os professores, as contradições existentes entre o fazer pedagógico e a proposta pedagógica da escola. Também é necessário que o mesmo demonstre, fundamentado cientificamente, que quando se trata de indisciplina na escola as ações voltadas para a prevenção desta são mais eficazes do que medidas baseadas em mecanismos de intervenção, ou seja, é fundamental que se avance para uma mentalidade preventiva quando o assunto é indisciplina escolar, encarando esse fenômeno como previsível e deixando de vê-lo apenas no nível de intervenção.
Quando as ações disciplinares estiverem alinhadas ao projeto pedagógico da escola como resultado de uma construção coletiva baseada na reflexão por parte da comunidade escolar, entre os quais encontram-se professores e supervisores, certamente a prioridade recairá sobre a prevenção da indisciplina escolar, reduzindo, com isso, situações de estresse e exaustão por parte dos professores e demais membros que compõem a equipe pedagógica da escola. Em situações contrárias a essa, ou seja, aquelas nas quais se prioriza a prática de mecanismos intervencionistas, certamente os problemas relacionados à indisciplina escolar tenderão a se repetir, a se aprofundar, tornando-se, conseqüentemente crônicos.
Acredita-se que se existem falhas no sistema educacional a melhor maneira de redimensionar o trabalho é assumir o compromisso de fazer do trabalho educacional uma meta a ser atingida por todos. Nessa busca incessante por uma nova postura de trabalho, o professor possui um papel fundamental, por isso, deve recuperar o ânimo, a sede e a vontade de educar e fazer do ensino uma ação construtiva. Deve agir como um verdadeiro aprendiz na busca pelo conhecimento e fazer desta ferramenta um compromisso social.
Diante das perspectivas de inovação o supervisor escolar representa uma figura de inovação. Aquele profissional que assume o papel fundamental de decodificar as necessidades, tanto da administração escolar, a fim de fazer com que sejam cumpridas as normas e como facilitador da atividade docente, garantindo o sucesso do aprendizado. Contudo, a ação supervisora tornar-se-á sem efeito se não for integrada com os demais especialistas em educação, (Orientador Escolar, Secretário Escolar e Administrador Escolar) respectivamente.
Medina (1997) argumenta que nesse processo, o professor e supervisor têm seu objeto próprio de trabalho: o primeiro, o que o aluno produz; e o segundo, o que o professor produz. O professor conhece e domina os conteúdos lógico-sistematizados do processo de ensinar e aprender; o supervisor possui um conhecimento abrangente a respeito das atividades de quem ensina e das formas de encaminhá-las, considerando as condições de existência dos que aprendem (alunos).
O que de forma alguma é admissível é manter as velhas políticas de submissão, onde toda a estrutura escolar submetia-se aos interesses da classe dominante. De certa forma, tem-se a impressão de ser esta uma postura radical. No entanto, busca-se uma escola cidadã, onde haja comprometimento com o ensino, com a aprendizagem, onde o professor seja valorizado enquanto profissional e onde o supervisor consiga desenvolver com eficiência a sua função. A nova realidade denota que a função do supervisor educacional assume um parecer diferente do que era conceituada na escola tradicional.
Conforme Freire (1998), a educação libertadora passou a inspirar novos conceitos que orientam uma nova sociedade baseada nos princípios de liberdade, de participação e de busca pela autonomia.
Passerino (1996:p.39) estabelece alguns conceitos fundamentais da educação libertadora, sendo que estes se tornam suporte desta nova concepção do supervisor educacional:
  • Práxis via análise do cotidiano: é preciso olhar a realidade presente em sala de aula e os conceitos trazidos pela criança para refletir os métodos e modo como devem ser trabalhos no espaço escolar;
  • Diálogo inclui conflito: o diálogo representa uma possibilidade de desenvolvimento das relações interpessoais de modo a permitir a análise e o desocultamento da realidade. Ser dialógico é permitir que cada educando exponha seu modo de pensar mesmo que este não seja coerente com a sua visão. Todavia para administrar os conflitos que podem ser gerados o professor precisa desenvolver uma série de dinâmicas em grupo;
  • Conscientização a partir da dúvida e do questionamento: o supervisor deve atuar na dinamização de um clima de análise das rotinas da escola para que as mesmas possam ser confrontadas com as novas idéias que se almeja desenvolver. Convém destacar que o processo de desenvolvimento da consciência é lento e requer uma interpretação abrangente do todo;
  • O método dialético supera a visão parcial: a aplicação do método dialético proporciona uma visão objetiva de toda a realidade permitindo a compreensão entre o velho e o novo. A partir destas o supervisor pode encaminhar estratégica concreta para a superação das dificuldades encontradas.
  • Participação crítica para a transformação: a escola segundo a visão de educação libertadora, colabora para a emancipação humana à medida que garantem o conhecimento às camadas menos favorecidas da sociedade. Assim sendo, o supervisor, deve ser aquela pessoa que orienta e estimula a concretização de um projeto transformador sob o qual são elaborados esforços coletivos para a obtenção dos êxitos;
  • Pela democracia, chega-se à liberdade: todo e qualquer trabalho desenvolvido pelo supervisor deve partir dos conceitos de liberdade e democracia, conceitos esses que serão desenvolvidos lentamente para que possa se efetivar a condição de mudanças sociais.
Para Passerino (1996:40), “o trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepção libertadora de educação, exige um compromisso muito amplo, não somente com a comunidade na qual se está trabalhando, mas consigo mesmo”. Trata-se de um compromisso político que induz a competência profissional e acaba por refletir na ação do educador, em sala de aula, as mudanças almejadas. Todavia, a tarefa do supervisor é muito difícil de ser realizada, exige participação para a integração em sua complexidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Diante do exposto até aqui se conclui que a escola, como parte integrante da totalidade social, não é um produto acabado. É resultado, dos conflitos sociais que os trabalhadores vivem nas relações de produção, nas relações sociais e nas lutas de classe. É também fruto das lutas sociais pela escola como lugar para satisfazer a necessidade de conhecimentos, qualificação profissional, e de melhoria de suas condições de vida enquanto possibilita melhores empregos e o acesso a uma maior renda. Não se pode negar este direito aos trabalhadores, e, por isso, a escola pública, apesar dos pesares, é um espaço de Educação Popular.
Contudo, caracteriza Brandão (1999, pg. 29):
A educação existe no imaginário das pessoas e na ideologia dos grupos sociais e, ali, sempre se espera, de dentro, ou sempre se diz para fora, que a sua missão é transformar sujeitos e mundos em alguma coisa melhor, de acordo com as imagens que se tem de uns e outros.
Para que a escola possa cumprir com este papel, será necessário investir na mudança de atitude do seu professor, do supervisor, no sentido de criar condições que favoreçam este elo, tendo como objetivo a valorização e a cultura do aluno e busque promover o diálogo com a cultura erudita. Sem dúvida, é imprescindível a presença do supervisor, como instigador da capacitação docente, destacando a necessidade de adquirir conhecimento e condições de enfrentar as dificuldades próprias de sua profissão, como também, estar preparado para administrar as constantes mudanças, no contexto escolar.
Ressaltando que a LDB, no seu capítulo IX afirma: “quando se fala em uma nova abordagem pedagógica (...) e avaliação contínua do aluno, tudo isto exige um novo tipo de formação e treinamento ou retreinamento de professores”.
Medina (1997) aduz que o supervisor, tomando como objeto de seu trabalho a produção do professor, afasta-se da atuação hierarquizada e burocrática - que sendo questionada por educadores, e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado. Assim, torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes áreas; reflexões permanentes sobre os princípios que fundamentam os valores, objetivando a construção da cidadania no espaço escolar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMADO, J. S. Interação pedagógica e indisciplina na aula.  Porto: Asa, 2001.

CARITA, A.; FERNANDES, G. Indisciplina na sala de aula: Como prevenir? Como remediar?  Lisboa: Presença, 1997.

ESTRELA, M. T. Relação pedagógica, disciplina e indisciplina na aula.  3. ed.  Portugal: Porto, 1992.

GARCIA, J. Indisciplina na escola. Revista Paranaense de Desenvolvimento, Curitiba, n. 95,  p. 101-108, jan./abr. 1999.

GARCIA, J. Indisciplina na escola: alguns aspectos críticos para a gestão educativa.   In: CONGRESSO LATINOAMERICANO DE ADMINISTRACIÓN DE LA EDUCACIÓN, 6, 2002, Universidade Católica do Chile, Santiago, 2 e 3 de maio 2002.

MEDINA, A. S. Supervisor Escolar: parceiro político-pedagógico do professor. In: RANGEL, M; SILVA JUNIOR, C. A. (Orgs.). Nove olhares sobre a supervisão. 10. ed. Campinas: Papirus, 2004.

OLIVEIRA, R. L. G. As atitudes dos professores relacionadas à indisciplina escolar. 2004. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Educação) – Faculdade de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2004.


Projeto: "Apaixonados pelo mundo lúdico da Leitura e da Escrita".





Escola Municipal Luciene de Matos Ferreira







PROJETO:
“APAIXONADOS PELO MUNDO LÚDICO DA LEITURA E DA ESCRITA”








BARRA DE SÃO FRANCISCO – ES
2012



1- IDENTIFICAÇÃO:
Escola Municipal Luciene de Matos Ferreira. Situada à Rod. B.S.Fcº x Ecoporanga, km 03, Vila Luciene Barra de São Francisco ES- Tel:(27) 3756-1226.
Responsável: Jacqueline Rodrigues de Souza – Fone (27) 3756-4602/9909-4989
Email:jaquelinersv@hotmail.com/  Blog: http://tiajacque.blogspot.com/



1.1. EIXO: Linguagem, Conhecimento Linguístico, Cultura, Sociedade E Educação.
1.2. ATIVIDADES: Leitura e produção de poesias e poemas.
1.3. PÚBLICO ALVO: 1º ao 5º Ano das Séries Iniciais do Ensino Fundamental.
1.4.TEMPO PREVISTO: O projeto será trabalhado todo o ano letivo, porém com temas diferentes a cada trimestre.

1.5.  1º TRIMESTRE: Poemas e Poesias
1.6.  2º TRIMESTRE: Lendas, fábulas e histórias infantis.
1.7.  3º TRIMESTRE: Parlendas, trava-línguas e adivinhações.

1.8. PESSOAL ENVOLVIDO: Professores, alunos, professor de suporte pedagógico a docência, Diretor, coordenadores de turno.
2. APRESENTAÇÃO:

A proposta deste projeto foi atender as séries iniciais do Ensino Fundamental do 1º ao 5º Ano da Escola Municipal Luciene de Matos Ferreira. Neste projeto a criança irá apreciar, se deliciar e se surpreender com as atividades aqui sugeridas, compreendendo que a leitura, a escrita abrem caminhos para a conscientização de que a leitura faz parte de uma bagagem necessária para se escrever bem, comunicar-se bem e viver bem em uma sociedade alfabetizada.

3. JUSTIFICATIVA:

È notório salientar que uma das principais deficiências dos alunos esta na sua competência de leitor e de escritor. Para se combater essa deficiência se faz necessário proporcionar um ambiente favorável para a formação de um leitor competente.
Pode-se afirmar que a leitura e a escrita são processos complexos e devem ser bem estruturados, pois a partir deles serão bem alicerçados as demais aquisições de conhecimento.
Partindo dessa concepção da importância da leitura e da escrita, este projeto objetiva procurar mecanismos e incentivos, atividades e sugestões para que se formalizem hábitos de leitura espontâneos e prazerosos.
Para reafirmar esta concepção nos inspiramos no pensamento de Paulo Freire que assim diz “A leitura não reside tão somente na leitura de um livro, mas em ler a vida e saber do mundo”.


4.OBJETIVO GERAL DO PROJETO:
Ø  Fomentar e incentivar o gosto e a prática da leitura e da escrita de forma prazerosa e lúdica.
5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Ø  Diferentes propósitos de leitura.
Ø  Linguagem escrita e produção de texto.
Ø  Produção de texto oral com destino escrito.
Ø  Características de diferentes gêneros literários.
1º TRIMESTRE:
Poemas e Poesias
Apresentação:
A leitura de poesias e de poemas para as crianças se transforma em uma atividade lúdica. Os poemas e as poesias devem despertar nos alunos o interesse pela produção de textos, oportunizando na escola o surgimento de artistas escritores e poetas que acreditamos ter em cada um de nós.
Diferença entre Poemas e Poesias:
Poesia: Caráter do que emociona, toca a sensibilidade. Sugerir emoções por meio de uma linguagem.
Poema: é definido como: "obra em verso ou não em que há poesia".
Ou seja: quando falamos em poesia, estamos falando de uma arte e, quando falamos em poema, estamos nos referindo a um texto concreto.

OBJETIVO GERAL: Familiarizar o aluno com a linguagem poética, com a poesia e os poemas incentivando para que ele sinta prazer em ler, ouvir e criar poemas e poesias.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Ø  Desenvolver hábitos de leitura pelo prazer de ler;
Ø  Conhecer e diferenciar poemas de poesias;
Ø  Produzir seus próprios textos a partir de poemas e poesias lidos em sala de aula;
Ø  Promover a imaginação criativa;
Ø  Desenvolver hábitos de ouvir e apreciar poemas e poesias;
Ø  Tornar a aula de leitura um momento de interação e de novidades.

ESTRATEGIAS:

Ø Conversa informal e dirigida sobre os conceitos de poesias e poemas, ouvindo o conceito de cada aluno;
Ø Roda de leitura;
Ø Visitas a biblioteca;
Ø Organizar o cantinho da leitura em sala de aula;
Ø Produção de poemas e poesias;
Ø Concurso da melhor poesia para o dia das mães;
Ø Elaboração de mural com exposição das produções de poemas e poesias        ( cada turma terá a sua semana de apresentação deste mural);
Ø Conhecer a biografia dos autores das poesias e poemas;
Ø Cartazes coletivos;
Ø Leitura e Declamação de poemas e poesias;
Ø Varal de poesias na sala para que o aluno escolha qual quer ler;
Ø Produção de um livro de poesias.
Ø  Jogos de disputa de equipes com tarefas simples.Ex: a equipe que conseguir em 1 minuto o maior número de palavras que rimem com a palavra “coração” marcará ponto.
Ø Organizar roda de leitura para que os alunos expressem os sentimentos que aparecem no texto durante a leitura, como medo, alegria, espanto, tristeza e humor.
Ø Conversar com a turma sobre alguns aspectos importantes do poema: características (rima, versos e estrofes).

RECURSOS:
Livros de poemas e poesias, poemas e poesias xerocopiados, cartolina, papel Kraft, cola, canetinha, lápis de cor, giz de cera, tesoura, régua.
AVALIAÇÃO:
A avaliação será realizada através das produções individuais e coletivas dos poemas e das poesias, da responsabilidade e do interesse dos alunos em realizar as atividades propostas em sala de aula.


2º TRIMESTRE:
Lendas, Fábulas e Histórias Infantis.
Apresentação:
Este tema pretende fazer a ponte entre o lúdico, o imaginário com o conhecimento necessário para produzir novos saberes na área da leitura, da escrita e da produção oral.

OBJETIVO GERAL: Desenvolver momentos onde o aluno e seu professor, terão acesso a "belos contos de fadas, fábulas e lendas". Propiciando assim, de forma lúdica e dinâmica, experiências diversificadas, estimulando o gosto pela leitura, enriquecendo a criatividade, o imaginário e o conhecimento.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Ø  Conhecer diversas Histórias infantis;
Ø  Desenvolver hábitos de leitura;
Ø  Diferenciar lendas, fabulas e histórias infantis;
Ø  Utilizar a técnica de dramatizar e fazer recontos;
Ø  Oportunizar a criatividade, imaginação, humor, ilusionismo;
Ø  Desenvolver habilidades sociais;
Ø  Desenvolver o hábito de ouvir com atenção.
Ø  Enriquecer e ampliar o vocabulário;
Ø   Intervir, posicionar, julgar e modificar subvenções sociais;
Ø  Desenvolver o pensamento lógico e a rapidez de raciocínio;
Ø  Criar atitudes desejáveis;
Ø  Permitir a livre expressão. - Formulação dos Problemas: (Quais são as leituras que vocês preferem: gibis, livros de histórias, histórias em quadrinhos, poemas, etc.? Vocês sabem alguma história? Vocês lêem jornais ou revistas? Quais?)
Ø  Ampliar as possibilidades de movimentos;
Ø  Expressar-se por meio de desenhos, pinturas e colagens;
Ø  Ler, ainda que de forma não convencional;
Ø  Dramatizar histórias, por meio de expressões orais e dança;
Ø   Descrever cenários e personagens;
Ø  Identificar soluções de conflitos presentes nos contos;
Ø   Identificar títulos de histórias conhecidas;
Ø   Continuar histórias a partir de um determinado ponto;
Ø  Produzir textos, tendo o professor como escriba.


ESTRATEGIAS:

Ø  Fazer no quadro-negro ou em um cartaz uma lista, em ordem alfabética, dos contos tradicionais mais conhecidos pela turma.
Ø  Diariamente, reserve um tempo para ler com a classe as histórias escolhidas.
Ø  Escolha com o grupo uma das histórias e leve para a classe várias versões para ler com as crianças, destacando semelhanças e diferenças com relação a: tipo de texto organização do texto personagens que compõem a história seqüência em que se desenrola a trama tempo em que as histórias se desenvolvem cenários.
Ø  Discuta com o grupo algumas características e formas de organização dos contos.
Ø   Planejamento da escrita. Assegurar de que o tipo de texto que será produzido foi trabalhado em sala, com a discussão sobre a estrutura dos diálogos e a observação de todos os aspectos textuais. Proponha então a redação coletiva e individual de novas versões para um conto. Por exemplo: "Agora, que vocês já ouviram diversas versões sobre a história 'Os Três Porquinhos', crie a sua, mantendo os principais elementos dos textos lidos: personagens, estrutura narrativa etc."
Ø   Revisões dos textos coletivos em roda, destacando os elementos que exigem maior atenção.
Ø   Cruzadinhas, caça-palavras,jogos de forca ou stop utilizando variações que sistematizem dificuldades ortográficas, como o uso de x, ch, ç, ss, s.
Ø  Bingo de palavras pode envolver as que apresentaram mais erro.

Ø  Crie com a classe uma legenda para as correções de textos como erro de ortografia EX; #: erro de vocabulário,+ : erro de pontuação* : letra maiúscula
** : erro de acentuação. Exemplo: "Os porcinhos forão para o Egito, mas como não sabiam falar a língua (egitana) não podiam conversar +O mais velho, que se chamava *edu, teve uma **ideia que contou para o irmão do meio."
Ø  Revisão dos textos individuais em duplas, usando a legenda criada para correções.
Ø  Ilustrações para a nova versão do conto e a criação de um livrinho para ser lido por outras classes.
Ø   Apresentações das histórias: vídeo, aparelho de som, livros de literatura, CD,teatro,
Ø  Contação de histórias, fábulas e lendas no tapete, almofadões, aparelho de som com música suave, incenso, baú ou caixa grande de papelão enfeitada com brilho, estrelas, lua.
Ø  Fazer o reconto conjunto, interpretando a história;
Ø  Trabalhar o conceito de lendas, fábulas e história.
Ø  Traçar o perfil dos personagens principais;
Ø  Copiar o nome da história no caderno ilustrando-a.
Ø  Preparar material de artes para a dramatização das histórias como fantoches, máscaras, acessórios e objetos como a maçã da Branca de Neve, máscara do Lobo Mau, chapéu de Bruxa, varinha mágica da Fada, espelho mágico da Madrasta, Sapatinho da Cinderela, Caixinha com moeda de Dona Baratinha, Coroa do Príncipe Sapo, Fantoches dos Três Porquinhos, capa do Chapeuzinho Vermelho, rosa encantada da Fera, saquinho com as pedrinhas de Joãozinho, coroa de Princesa que caracterizam as histórias apresentadas.
Ø  Desenvolver atividades diversas utilizando diferentes recursos tecnológicos, como o Notebook e o Data Show;
Ø  Dramatização de histórias conhecidas, onde as crianças sejam as personagens;
Ø  Atividades diversas como: pintura, desenho, recorte colagem, confecção de fantoches (personagem das histórias contadas), dobradura e outros;
Ø   Roda de conversa com as crianças para discutir, trocar idéias sobre fatos e acontecimentos da história que acabou de ser contada;
Ø  Confecções de livros;
Ø  Confecções de um castelo utilizando materiais recicláveis;
Ø  Leitura individual;
Ø  Leitura em grupo;
Ø  Leitura silenciosa.
Ø  Sacola Era Uma Vez;
Ø  Mala Viajante;
Ø  Pesquisas em livros da Biblioteca e na internet por meio de sites pré – selecionados pelo professor.
Ø  Socializar as lendas na sala de aula, por meio de recontos;
Ø  Escolher por meio de votação as lendas preferidas dos alunos;
Ø   Elaborar um gráfico com o resultado da votação (aproveitar e trabalhar situações-problema em matemática);
Ø  Pedir aos alunos (em duplas) que reescrevam algumas lendas;

RECURSOS:
Notebook, internet;
TV, DVD, Data Show;
CD de histórias;
Tapetes;
Fantoches de diversos tipos;
TNT;
Cenário para apresentação de fantoches;
Lápis de cor, giz de cera, sulfite, canson, papéis coloridos, tinta guache, pintura a dedo, cola, tesoura e pincel.
Livros de fábulas, lendas e histórias infantis.
Materiais recicláveis entre outros.
AVALIAÇÃO:
Observar nos alunos e registrar em relatórios e planilhas os seguintes aspectos: interatividade, participação compartilhada, regras, disciplina, organização, trabalho em equipe, responsabilidade.

3º TRIMESTRE:
Parlendas, Trava-Línguas, cantigas de roda e Adivinhações
Apresentação:
Os trabalhos desenvolvidos com esses tipos textuais permitem o trabalho com a oralidade, o exercício com  a dicção, o treino da  pronúncia, o estímulo da criatividade e da rima, além do acesso a mais remota cultura popular. Os trava-línguas, as parlendas, as cantigas de roda e as adivinhas fazem parte das manifestações orais da cultura popular, são elementos do nosso folclore. O que faz as crianças repeti-los é o desafio de reproduzi-los sem errar. Entra aqui também a questão do ritmo, pois elas começam a perceber que, quanto mais rápido tentam dizer, maior é a chance de não concluir o trava-línguas. Esse tipo de poema pode ser um bom recurso para trabalhar a leitura oral, com o cuidado de não expor alunos com mais dificuldades. É nessa leitura que melhor se observa o efeito do trava-línguas, das parlendas e das adivinhações e, dependendo da atividade, passa a ser uma brincadeira que agrada sempre. As adivinhas, as cantigas de roda, as parlendas, as quadrinhas e os trava-línguas são antigas manifestações da cultura popular, universalmente conhecidas e mantidas vivas através da tradição oral. São textos que pertencem a uma longa tradição de uso da linguagem para cantar, recitar e brincar. A maioria deles é de domínio público, ou seja, não se sabe quem os inventou: foram simplesmente passados de boca a boca, das pessoas mais velhas para as pessoas mais novas

OBJETIVO GERAL: Valorizar textos folclóricos considerando-os como patrimônio cultural que deve ser preservado.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Ø  Estimular raciocínio e atenção;

Ø  Ler, recontar e ilustrar, lendas, par lendas, adivinhas;
Ø  Estimular a ampliar a linguagem oral;
Ø   Incentivar a escrita nas suas diversas modalidades; -
Ø  Estimular o ritmo, a criatividade e prazer pelo aprender brincando.
Ø  Desenvolver o processo de leitura e escrita através de atividades
Contextualizadas;
Ø  Favorecer a integração social do grupo;
Ø  Desenvolver a expressão artística e corporal;
Ø  Estimular o gosto pela leitura e a escrita;

ESTRATEGIAS:
Ø  Fazer um levantamento dos trava-línguas conhecidos pela turma;
Ø  Socializar os trava-línguas e organizar fichas de leitura de cada um deles;
Ø  Levar para casa as fichas com os trava-línguas para que possam ler;
Ø  Ler algumas adivinhas p/ turma, que tentam descobrir as respostas;
Ø  Organizar um campeonato de adivinhas na sala;
Ø  Representação de parlendas
Ø  Confecção de cartazes referente às parlendas trabalhadas
Ø  Promover pesquisas na internet.
Ø  Pesquisas sobre: trava-línguas, parlendas, adivinhações, charadas, canções conhecidos pela família;
Ø  Canto de músicas folclóricas (cantigas de ninar, cantigas de roda, desafios.)
Ø  Distribuir para a turma a parlenda/o trava-lingua/ as canções,escrita com letra impressa maiúscula, pois auxilia no reconhecimento das letras.
Ø  Ler para os alunos a parlenda e pedir para que a recitem.  É importante que a parlenda seja escrita em um papel craft e fique fixada na sala para que os alunos se familiarizem mais com o texto.
Ø  Solicitar aos alunos que identifiquem oralmente as palavras que rimam na parlenda. É importante explicar o significado de rimas (palavras com som igual ou muito parecido)
Ø  Escrever, por exemplo, a palavra DIA no quadro e pedir para que criem outras palavras que terminam com o mesmo som. À medida que forem dizendo, registrá-las no quadro e pedir para que comparem a grafia final das palavras.
Ø  Fazer desenho da parlenda/canção para colocar no mural da sala.
Ø  Atividades com reescrita das canções que também visam avançar no processo de alfabetização dos alunos. Leia os enunciados para os alunos, os oriente na resolução das questões e observe que relações estão estabelecendo entre os sons e as letras.

Ø  RECURSOS:

Ø  Cartolina, Papel oficio;Cola;Canetinhas;Lápis de cor;Papel kraft
AVALIAÇÃO:
O aluno será avaliado de acordo com o seu desempenho e participação nas atividades no decorrer do projeto